Desemprego cai em novembro puxado pelo comércio; criação de vagas formais é a maior desde 2014

Novos sinais de recuperação para o mercado de trabalho. A taxa de desemprego voltou a cair e fechou o trimestre móvel encerrado em novembro em 11,2%, apesar de ainda atingir 11,9 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


27/12/2019 10h12

Os dados fazem parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada pelo IBGE. Em nota, o instituto destacou a alta na procura por profissionais no setor do comércio, influenciado pela sazonalidade do final de ano.

“Ficamos dois anos, em 2015 e 2016, sem ter a sazonalidade já que não havia geração de postos suficiente para atender à demanda por trabalho. Agora, o comércio mostra movimento positivo no trimestre fechado em novembro, o que achamos que está relacionado às datas comemorativas como Black Friday e a antecipação de compras de final de ano”, afirma a analista Adriana Beringuy, do IBGE.

Emprego CLT tem crescimento recorde. Segundo o IBGE, o percentual da chamada “população ocupada” chegou a 94,4 milhões de pessoas, recorde na série histórica da pesquisa. Mais uma vez o instituto verificou um crescimento nas taxas de trabalhadores informais. A novidade ficou pela alta também nos registros em carteira assinada.

De acordo com a Pnad Contínua, o número de trabalhadores com carteira assinada cresceu em 378 mil pessoas (1,1%) nos últimos três meses e chegou a 33,4 milhões de pessoas. É a maior alta para um trimestre desde maio de 2014.

Já no que diz respeito à informalidade, o IBGE verificou aumento no percentual de quem trabalha por conta própria, que aumentou em 303 mil pessoas (+1,2%) e chegou ao recorde de 24,6 milhões.

A população ocupada informal representa 38,8 milhões de pessoas. “Esse movimento da carteira é positivo, mas não é suficiente para uma mudança na estrutura do mercado de trabalho. A despeito dessa reação, durante todo o ano houve crescimento nas categorias relacionadas à informalidade, como conta própria e empregado sem carteira”, escreveu a analista Adriana Beringuy.

 

Fonte: 6 Minutos


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